Ainda em 1128 D.C.o bispo de Saint-Brieuc proibia inumar (sepultar) nas encruzilhadas, conforme nos relata o historiador Philippe Ariès em seu livro hoje clássico para a Antropologia de Mitos e Ritos Funerários denominado de "O Homem Diante da Morte", em dois volumes. Só os malditos... neste período da Idade Média, eram abandonados nas estradas, encruzilhadas e nos campos e, por malditos entenda-se toda sorte de excomungados, entre os quais as bruxas, bruxos e assemelhados. Sepulturas solitárias causavam horror...nas estradas... Por quê? Ignorância? O que eles sabiam que nós não?... Em 1485 sob o pontificado de Inocêncio VIII, operários encontram embaixo da própria Via Ápia três antigos túmulos... Um dos sarcófagos de mármore aberto revelou uma mulher em perfeito estado de conservação, de cerca de 16 anos de idade, membros flexíveis, olhos abertos, cabelos negros com penteado cortado ao meio. Aquela “jovem” tinha 1.797 anos...pois esta era a sua idade, no mínimo...dado a época em que tal trecho da Via Ápia fora construída sobre ela...e tinha vencido a morte... naquelas estradas... Por fim seu corpo foi roubado...e alegou-se tê-lo jogado a um rio...
As práticas de vampirsmo e a cultura vampírica de povos ancestrais da Europa pagã que em sua origem e em alguns casos estavam harmonicamente integrados àquelas culturas, a exemplo das Strix que faziam parte do séquito de Hécate (a deusa da magia, dos trívios e das encruzilhadas e agente do Senhor do Mundos dos Mortos ou o Deus Plutão Romano) foram rapidamente demonificadas e associadas a Lúcifer e aos Anjos Caídos
e a todas as hostes do mal da Cosmologia Cristã,
o que é normal quando uma cultura
absorve outra (aculturação).
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